Você Ronca à noite?
Você ronca à noite? Você já presenciou alguém da sua família roncando por horas durante a madrugada? Pois bem, o ronco nada mais é do que o ruído provocado pelo ar quando existe obstrução do nariz e/ou estreitamento da faringe durante o sono.
O aumento das amígdalas, aumento da base de língua e a retrognatia (pacientes com queixo para trás) são prováveis causas de diminuição do calibre da coluna faríngea.
Dentre as causas nasais, as principais são o desvio do septo (estrutura de osso e cartilagem que divide as narinas) e o aumento das mucosas nasais denominadas cornetos nasais ,que ocorre geralmente em pessoas com rinite alérgica. Outras causas menos frequentes que obstruem o nariz e podem provocar roncos são os polipos nasais e mais raramente tumores malignos.
Em crianças, a resistência nasal pode ocorrer devido ao aumento do tecido linfóide que está localizado na região posterior do nariz denominado adenóide.
Os roncos podem ocorrer isolados, e serem denominados de roncos primários ou podem estar associados com a apneia do sono, definida pela ausência de fluxo aéreo por no mínimo 10 segundos durante o sono.
Em longo prazo, o aumento do esforço respiratório associado à apneia obstrutiva pode gerar hipertensão arterial, maior risco de infarto agudo do miocárdio, maior chance de arritmia e de acidente vascular cerbral.
O médico otorrinolaringologista lança mão de um exame chamado polissonografia para diagnosticar a síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS). É através desse exame que se avaliam os parâmetros da arquitetura do sono, os parâmetros respiratórios e pode-se obter a pressão ideal dos aparelhos de pressão aérea positiva (CPAP), que são uma das formas de tratamento.
Dependendo de cada caso, o tratamento para a apnéia também pode ser cirúrgico. O médico otorrinolaringologista está apto para avaliar cada situação e indicar a melhor forma de tratamento.